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Você sabe para que serve a vela de ignição do carro?

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Você sabe para que serve a vela de ignição do carro?

Apesar de ser um componente relativamente simples e barato, a vela de ignição é muito importante para o funcionamento do motor de um carro. Além disso, bastam apenas pequenos defeitos na peça para que ocorra a perda de desempenho do veículo e até uma parada total. Por isso, é preciso ficar atento à manutenção e aos períodos de troca.


Ao longo deste texto, você vai entender como ela funciona e as principais razões de sua importância, conhecendo ainda os defeitos mais comuns capazes de ocorrer, quando e como ela deve ser substituída, entre outras informações. Continue a leitura para conferir!

Qual é a função da vela de ignição em um veículo?

Para que você entenda a função e a importância da vela de ignição no automóvel, antes de qualquer outra coisa precisa conhecer a respeito do funcionamento dos motores à combustão. Como o próprio nome já diz, esses propulsores usam a energia de explosões controladas para movimentar o carro.

Quando a mistura de combustível e ar entra nas câmaras de combustão do motor, é criada uma faísca elétrica que inflama esses materiais. Uma vez que o processo termina, os pistões sobem e descem. Essa dinâmica vertical é convertida em circular pelo virabrequim e passada às rodas por meio da transmissão, e a vela de ignição atua como componente responsável por gerar a faísca elétrica.

E a importância do item?

Se a vela de ignição não estiver em boas condições, as explosões não acontecem ou não são suficientes para inflamar corretamente a mistura. Quando há algum problema no item, o motor também perde potência.

Daí o seu papel tão relevante: dependendo de quantas velas falharem, é possível até mesmo que o propulsor não tenha a força suficiente para estimular a locomoção do veículo. Ou seja, a função da vela de ignição está diretamente ligada ao bom funcionamento do automóvel.

Por que é necessário trocá-la regularmente?

O simples acúmulo de resíduos nas velas — causado pelas explosões — e até mesmo uma folga excessiva no eletrodo, o gerador das faíscas, podem proporcionar o mau funcionamento. Assim, você tende a perceber o problema de maneira imediata. Como resultado, o carro gasta mais combustível e começa a falhar.

Porém, isso ainda não é tudo: o defeito de uma vela e, por consequência, de um pistão, pode forçar o motor e provocar danos muito sérios, como o desgaste nas válvulas e no virabrequim. Também é possível que haja um superaquecimento nas câmaras de combustão, levando ao que se conhece por “motor fundido”. Nesses casos, o custo de reparo costuma ficar nas alturas.

Quais são os principais tipos de vela de ignição?

Antes de entender quando o item deve ser trocado, é necessário conhecer quais são os tipos de velas disponíveis no mercado.

Afinal de contas, existem diferentes modelos de velas que, apesar de terem o mesmo funcionamento, são desenvolvidas a partir de materiais distintos e, portanto, entregam um desempenho melhor ou pior de acordo com as características específicas. Confira abaixo!

Vela de cobre

Material mais comum na produção da vela de ignição, o cobre é famoso por funcionar bem em inúmeros tipos de motor e em condições adversas, tanto em motores turbo quanto em elevadas taxa de compressão, por exemplo.

No entanto, essa vela tem a menor vida útil da lista, pois dura apenas cerca de 40 mil quilômetros.

Vela de platina

Essa vela se sobressai em relação à de cobre por conduzir maior quantidade de energia e ser mais durável, já que produz faíscas regulares e intensas, atuando bem por até 100 mil quilômetros. Ela ainda facilita a partida do carro, melhora o funcionamento em marcha lenta e também reduz o consumo de combustível e a emissão de gases.

A vela de platina é ideal para compartimentos de motor congestionados por algum componente, situação provocada muitas vezes pela ação de misturas pobres de combustível. Como combustíveis de má qualidade são comuns no Brasil, ela consiste em uma ótima opção para os motoristas.

Vela de irídio

Por fim, a vela de irídio é a que apresenta o melhor desempenho e oferece mais vantagens ao motorista. Ela conta com uma resistência elétrica bem baixa, o que contribui para uma menor tensão no motor. Esse item também possui resistência mecânica elevada e uma longa vida útil, fazendo com que seja melhor do que as velas de cobre e platina.

Todos os benefícios disponibilizados pela vela de irídio têm seu preço, que é bastante caro — elas podem custar o dobro das outras, chegando a mais de R$ 300,00.

Quando ela deve ser trocada?

Como você notou, usar uma vela de ignição defeituosa pode resultar em sérios problemas ao motor. Por isso, obedeça rigorosamente os prazos de substituição estabelecidos pelos fabricantes, que costumam ser de 20 mil quilômetros rodados.

A NGK — maior empresa especializada na construção desses componentes — recomenda que a troca aconteça na metade do prazo quando o veículo é usado em um trânsito muito severo.

Durante as manutenções preventivas, é fundamental verificar as velas de ignição: se elas apresentarem uma coloração cinza, amarela ou marrom, promova a substituição. Consulte a existência de corrosão nos eletrodos ou se eles estão carbonizados. Também vale a pena analisar os cabos e observar possíveis rachaduras ou ressecamentos.

O próprio veículo também dá alguns sinais quando a vela exige alteração. Esses sinais são bem simples e perceptíveis aos olhos de qualquer condutor. Entre eles, figuram:

  • aumento do consumo de combustível (sinal de que a faísca gerada pela vela está falhando);
  • perda de potência do motor;
  • dificuldade ao dar partida no veículo, principalmente em dias frios;
  • fumara escura saindo do escape;
  • barulhos de detonação durante o funcionamento do motor, ruído conhecido como “batida de pino”.

De que forma esse reparo deve ser feito?

Substituir as velas representa um processo relativamente simples, mas é preciso tomar alguns cuidados muito importantes. O principal deles: jamais faça isso com o motor quente, pois além de se queimar, você pode causar danos bastante sérios ao carro. Os passos são os seguintes:

  1. com o motor frio, remova o cabo de uma das velas;
  2. usando uma chave adequada, desenrosque e remova a vela com cuidado;
  3. observe o estado dela — se houver muito óleo, procure um especialista;
  4. limpe e coloque as velas novas uma a uma, mas evitando apertar muito;
  5. tome bastante cuidado para que elas não sejam rosqueadas em um ângulo incorreto;
  6. ponha os cabos, ligue o veículo e veja se o barulho do motor está normal.

Conforme conferimos, manter a vela de ignição em bom estado não consiste em uma tarefa muito complicada e, como você também notou ao longo do post, isso pode ser feito em casa sem grandes problemas.

Além do mais, ao perceber a perda de desempenho ou o aumento no consumo de combustível, lembre-se sempre de verificar esse componente. No entanto, nada de sair trocando as velas sem ter a de vida certeza, pois vários defeitos podem causar esse contratempos. Na dúvida, procure um profissional especializado.

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