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Por que não devemos dar trancos no carro?

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Por que não devemos dar trancos no carro?

O “tranco” ou “soco” acontece quando a sincronia entre a pisada na embreagem e a aceleração está desalinhada ou, por motivos de enguiço, o motorista provoca tentativas de ligar seu veículo tendo suporte de terceiros ao empurrar o carro.


Diante disso, o principal problema é que, ao realizar essa ação, independente da falta de sincronia ou estar enguiçado em uma via, vários pontos internos são impactados e geram, por exemplo, a sobrecarga nos circuitos eletrônicos, problemas na injeção de combustível e danos graves ao motor a longo prazo.

Iremos focar neste conteúdo, orientações ao primeiro exemplo e, com ele, apresentar sugestões para você evitar que a situação aconteça. É, portanto, indispensável entender como não errar mais no câmbio do seu carro. Veja 5 dicas relacionadas a seguir!

1. Faça um bom controle de embreagem

Antes de qualquer coisa, você precisa conhecer o seu carro e descobrir como ele responde à aceleração. Um bom exercício é ligá-lo no ponto morto e acelerar um pouco, observando o conta-giros no painel. Depois do exercício você estará mais seguro para dirigir.

Os passos básicos para arrancar são:

  • comece com o pé no freio e na embreagem e coloque a primeira marcha;
  • em seguida, solte a embreagem lentamente até começar a sentir uma pequena trepidação. Quando senti-la, mantenha o pé esquerdo nessa posição;
  • com o pé direito, solte o freio e pise no acelerador suavemente;
  • por fim, solte a embreagem devagar até liberar o pedal.

Se você estiver parado em uma ladeira e precisar arrancar, o procedimento é o mesmo, mas talvez seja necessário acelerar um pouco mais para dar força para o carro sair da inércia.

2. Troque a marcha de acordo com as rotações do motor

Popularmente, as pessoas costumam usar os ruídos do motor como referência no controle do câmbio. Ouvir o motor é importante, principalmente quando você ainda está conhecendo o seu carro, porém o ideal é sempre trocar as marchas de acordo com o tacômetro ou conta-giros no painel.

Alguns carros apresentam uma indicação no ponto ideal em que a marcha deve ser trocada, mas geralmente o momento certo para troca está em torno das 3.000 rotações por minuto (RPM). O valor exato você pode encontrar no manual do fabricante ou observando a própria reação do motor ao dirigir.

3. Descubra a velocidade correta para cada marcha

Carros mais simples frequentemente têm marchas curtas e, por isso, alcançam menores velocidades dentro de cada marcha em relação a veículos mais potentes. Não existe uma receita pronta. É preciso se acostumar com o seu carro, mas para exemplificar, abaixo você confere as velocidades médias recomendadas para troca de marchas em um carro 1.0 comum:

  • 1ª marcha — 0 a 20 km/h;
  • 2ª marcha — 20 a 40 km/h;
  • 3ª marcha — 40 a 50 km/h;
  • 4ª marcha — 50 a 70 km/h;
  • 5ª marcha — a partir de 70 km/h.

4. Reduza a marcha corretamente

Para reduzir a marcha, o procedimento é o mesmo. Quando estiver em movimento, retire o pé do acelerador e deixe a velocidade diminuir até o intervalo apropriado para a marcha que deseja colocar. Vale usar o freio para agilizar o processo.

Quando chegar na velocidade adequada, pise fundo na embreagem e troque a marcha. Em seguida, solte o pé da embreagem lentamente e volte a acelerar aos poucos. Para parar o veículo, as instruções também são as mesmas.

5. Preserve a embreagem

Um velho vilão do câmbio são os engarrafamentos. O terrível “anda e para” desgasta o sistema e, para piorar, esse é o momento em que muitos motoristas não resistem à comodidade e acabam apoiando o pé na embreagem ou arrancando em segunda marcha, aproveitando a baixa velocidade.

Outro mau hábito na mesma linha é segurar o carro com o freio e a embreagem em ladeiras. Tudo isso é prejudicial, assim como controlar o câmbio incorretamente.

Segundo Henry Grosskopf, gerente de engenharia de produtos da Tuper Escapamentos e Catalisadores, "dar tranco no carro, com frequência, não só desgasta os componentes da embreagem e da caixa de câmbio, como pode afetar outras peças importantes que exigem reparos com custo elevado".

Entenda na prática como é o "tranco" no carro

O termo "tranco" no contexto de um carro pode se referir a uma sensação repentina de movimento brusco ou solavanco que ocorre ao engatar a marcha ou ao trocar de marcha durante a condução. Esse tipo de problema tende a ser causado por diversas razões, como embreagem desgastada, problemas na transmissão, problemas no motor, falta de lubrificação ou problemas na suspensão.

Quando o carro está em movimento, a transmissão é responsável por enviar a potência do motor para as rodas, permitindo que o carro se mova. A embreagem é o componente que permite que o motor seja desconectado da transmissão para que você possa mudar de marcha. Se houver algum problema com a transmissão, embreagem ou motor, isso pode causar uma interrupção repentina na transferência de potência para as rodas, resultando em um solavanco ou no famoso "tranco".

Principais riscos relacionados

A repetição dos "trancos" traz uma série de riscos ao veículo e, consequentemente, ele pode acabar deixando o motorista na mão. Sem contar que ignorar esses problemas tende a ocasionar brechas de segurança para o condutor, os passageiros e outros usuários na estrada.

Alguns dos riscos associados aos trancos no carro incluem:

  • danos à transmissão, embreagem ou motor do veículo, que podem ser caros para reparar se não forem abordados a tempo;
  • perda de controle do veículo, o que pode levar a acidentes de trânsito, especialmente em condições de tráfego intenso ou em altas velocidades;
  • desgaste prematuro dos pneus, suspensão e outros componentes do veículo, o que pode resultar em reparos mais frequentes e dispendiosos a longo prazo;
  • aumento do consumo de combustível, já que o veículo terá que trabalhar mais para superar a resistência criada pelo tranco.

Por isso, é importante levar o carro com frequência à oficinas especializadas assim que perceber um "tranco" ou solavanco incomum durante a condução. Ao resolver o problema o mais rápido possível, fica mais simples evitar danos mais graves e entender melhor como funciona o sistema do carro e identificar os primeiros sinais de problemas assim que eles surgirem no futuro.

Muitos motoristas acabam ignorando sinais de que algo está errado com o sistema do veículo por acreditarem que se está em funcionamento, poderá postergá-lo mais um pouco sem grandes incômodos. Mas a questão preocupante é que, muitas vezes, as falhas podem surgir de uma hora outra para outra e ser um verdadeiro susto.

Por exemplo, se o "tranco" for causado por uma falha na transmissão ou embreagem, pode haver uma desconexão repentina entre o motor e as rodas, fazendo com que o motor trabalhe mais "rígida" para superar a resistência. Isso poderá causar danos ao motor, como problemas de ignição, desgaste excessivo das velas de ignição, danos ao pistão ou ao cabeçote do motor.

Além disso, se o tranco for causado por problemas de combustível, como falta de pressão do combustível ou problemas na injeção de combustível, o motor pode não receber a quantidade necessária de combustível, o que pode ser definitivo para fazê-lo parar de funcionar.

Agora ficou claro como ligar o carro no tranco e os motivos que fazem este processo ser tão prejudiciais ao bom funcionamento de seu veículo. Por isso, fique de olho nos sinais apresentados pelo carro e, caso este tipo de situação aconteça com frequência, procure as oficinais do Grupo AB para avaliar como solucionar o problema e quais foram os impactos causados em outros componentes de maneira geral.

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