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Entenda a nova gasolina vendida no Brasil

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Entenda a nova gasolina vendida no Brasil


O aproveitamento dos recursos não renováveis é um dos principais fomentadores de novas tecnologias, bem como do aperfeiçoamento das já existentes no mercado automobilístico. No Brasil, um reflexo é o lançamento da nova gasolina, que está diretamente alinhada a essa proposta de menor nocividade ao meio ambiente e maior economia.


Tal busca foi a responsável pelo lançamento do etanol, o combustível derivado da cana de açúcar, ainda nos anos 70. Outros biocombustíveis foram lançados desde então, e, mais recentemente, ganhou força a produção de veículos elétricos e também o downsizing, que é a redução do número de cilindros e cilindradas dos motores mas com preservação e até aumento da potência.

Neste blogpost explicaremos melhor questões relacionadas à nova gasolina e suas implicações nos carros e no bolso do consumidor brasileiro. Quer saber como ela funciona? Continue a sua leitura!

Quais são as novas especificações?

Embora a aposta para o futuro sejam os veículos elétricos, que são ecologicamente mais amigáveis, ainda serão necessários esforços estruturais feitos pelos países, bem como o barateamento da tecnologia empregada, para que seja acessível a um número cada vez maior de pessoas.

Mas a preocupação com o meio ambiente e com o uso de energias não renováveis também ocupa os engenheiros e projetistas de todo o planeta, que buscam alternativas ou fórmulas melhores. Em nosso país, o combustível sempre foi visto com certa desconfiança, e certamente você já abasteceu em algum lugar no qual a gasolina rendeu bem menos que o esperado ou provocou falhas no funcionamento do motor.

Essa é uma triste realidade provocada pela falta de fiscalização e de ética de alguns. Mas, junto à nova gasolina, surgiram novos parâmetros para verificação da qualidade do combustível vendido pelos postos do Brasil. A alteração feita gerou novas especificações na gasolina, que incidem sobre a octanagem do combustível.

Octanagem é o atributo de resistência à queima dentro do motor do veículo, e quanto mais baixa, mais fácil será essa queima e menor será o seu rendimento. Combustíveis de baixa octanagem podem, inclusive, gerar a combustão espontânea, aumentando os riscos para quem a manuseia.

A Resolução nº 807 de 2020 da ANP estabelece que a octanagem mínima passa a ser de 92 unidades a partir de agosto do mesmo ano. O objetivo é gerar um combustível que renda mais e que emita menos gases poluentes. A nova octanagem mínima é compatível com a de gasolinas superiores distribuídas pela Petrobras, como a Premium e a Pódium, com respectivamente 91 e 97 unidades.

Como ela é diferente da que era vendida antes?

A octanagem mínima anterior era de 87 unidades, e o aumento exigido pela nova resolução certamente fará com que a eficiência energética seja bastante superior, além de possibilitar o lançamento de motores mais potentes e econômicos. A segurança no trânsito também será beneficiado pela melhor atuação do conjunto mecânico.

A nova especificação também altera a massa do combustível, que passará para o valor mínimo de 715 g/m³, que significa que 1 litro de gasolina deverá ter 715 gramas. A Resolução dificulta a adulteração, porque também estabelece que as bombas de abastecimento tenham um medidor calibrado para que se verifique o número mínimo exigido pela ANP.

Isso já acontecia com o etanol, e agora, com a obrigatoriedade nas bombas de gasolina, a adulteração deixará de ser uma realidade ou ficará cada vez menos comum.

Quais são os diferenciais de performance?

A alteração que gerou a nova gasolina aproxima o nosso combustível do que é vendido no mercado europeu e estadunidense. Isso facilitará a entrada de veículos projetados para esses países no Brasil, bem como o desenvolvimento de novos motores, como já mencionado.

Em relação aos atuais, a alteração não deve trazer prejuízo. Justo o contrário, o que se espera é que o consumo, performance e vida útil dos veículos aumente consideravelmente com a nova fórmula. O esperado é que a economia no rendimento fique entre 4 e 6%, o que aumentaria consideravelmente a autonomia dos veículos.

Qual será o impacto no seu bolso?

Ainda não se sabe qual será o aumento no preço do litro de combustível, mas estima-se que seja compatível com a redução no consumo que ele irá proporcionar. É possível que tenha uma base com o preço da gasolina Premium da Petrobrás, que tem octanagem semelhante e custa em média R$ 0,10 a mais que a gasolina comum.

Mas é interessante ter em mente que a economia gerada não será apenas no consumo, que poderá ser proporcional ao aumento no preço. Um combustível mais eficiente e de qualidade superior também gera outras economias, como com a manutenção do motor. A maior durabilidade do conjunto mecânico também poderá trazer efeitos positivos para a revenda do veículo usado.

Com motores mais bem preservados, a tendência é que a depreciação gerada pela elevada quilometragem seja reduzida significativamente, já que o futuro comprador passará a contar com menos gastos para manter o veículo que estará comprando. Isso significa que existem vantagens reflexas na nova gasolina, que ajudarão a compensar e a justificar o aumento no preço.

O controle sobre a qualidade exigido também será significativo para inibir a adulteração, que provoca falhas e quebras que colocam em risco a segurança no trânsito, resultando em prejuízos bem maiores e até mesmo imensuráveis.

Como ficará o prazo para os postos venderem a velha gasolina?

Para modular os efeitos dos estoques da velha gasolina que estão nas refinarias, a ANP permitirá que ela continue a ser levada às distribuidoras até o dia 3 de outubro, podendo ser repassadas aos postos até o dia 3 de novembro. Isso, porque deve ser dado previsibilidade e prazo às empresas para que sejam feitas as adequações.

A nova gasolina é um passo importante para a melhoria do combustível no Brasil que, apesar de não ser exatamente ruim, seguia padrões ultrapassados e estava sujeita a ser adulterada facilmente. O preço será mais caro, mas trará recompensas, a começar pelo menor consumo, que será sentido imediatamente.

Agora que você conhece a nova gasolina, veja quais são os tipos de carros espaçosos mais indicados para a sua família!



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