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Controle de tração e estabilidade: para que servem esses sistemas?

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Controle de tração e estabilidade: para que servem esses sistemas?

Aprender sobre o controle de tração e controle de estabilidade do carro é essencial, pois são sistemas fundamentais para a nossa segurança ao volante. São recursos indispensáveis, que mantêm seu veículo na estrada, mesmo nas condições mais desafiadoras.


Entender como funcionam tais mecanismos não apenas aprimora sua segurança pessoal, mas também enriquece sua experiência como motorista. É muito válido descobrir o que essas tecnologias podem fazer por você e pelo seu veículo.

Leia nosso artigo para desvendar os segredos por trás dessas inovações que estão transformando a maneira como dirigimos.

O que é e como funciona o controle de tração?

O controle de tração automotivo é um recurso projetado para evitar a perda de aderência das rodas do veículo em superfícies escorregadias, como estradas molhadas, evitando assim a patinagem e melhorando a dirigibilidade do carro. Ele surgiu como uma evolução tecnológica importante para a segurança veicular e o desempenho dos veículos.

O controle de tração começou a ser desenvolvido na década de 1970 e tornou-se mais comum nas décadas seguintes. Sua concepção se baseia em sensores que monitoram a velocidade de rotação das rodas de forma individual e comparam essa informação com a velocidade do automóvel. Quando o sistema detecta que uma ou mais rodas estão girando mais rápido do que o veículo está se movendo, ele interpreta isso como um sinal de perda de aderência e toma medidas para retomar o controle.

A principal técnica utilizada pelo controle de tração envolve a aplicação seletiva dos freios nas rodas que estão patinando, amenizando assim o excesso de torque transmitido a elas. Além disso, em automóveis mais modernos, o sistema pode ajustar o funcionamento do motor, limitando a potência entregue para evitar que as rodas patinem.

O controle de tração é especialmente útil em situações de direção adversas, como ao acelerar em uma estrada escorregadia ou ao fazer curvas em alta velocidade. Ele recupera o equilíbrio do veículo e ajuda a prevenir acidentes relacionados à perda de controle, como derrapagens e aquaplanagem.

Hoje em dia, essa ferramenta está presente em quase todos os veículos novos, independentemente de seu segmento de mercado. Ela tem contribuído de forma significativa para a segurança rodoviária, reduzindo o número de acidentes causados por perda de aderência das rodas e garantindo uma experiência de direção mais segura e controlada para os motoristas.

O que é e como funciona o controle de estabilidade?

Também conhecido como controle eletrônico de estabilidade, é um sistema de segurança crucial que surgiu para ajudar a prevenir acidentes de veículos ao controlar ativamente a estabilidade do automóvel. Ele detecta quando um carro está prestes a entrar em uma condição de derrapagem ou deslizamento e age imediatamente para retomar o curso do veículo, evitando acidentes.

O controle de estabilidade automotivo surgiu na década de 1990 como uma solução aos crescentes índices de acidentes de trânsito relacionados à perda de controle do carro. Inicialmente, o sistema foi projetado para automóveis de alto desempenho e modelos de luxo, mas, com o tempo, sua importância se tornou essencial e sua adoção se expandiu para veículos de passeio mais populares.

O funcionamento básico desse sistema envolve sensores que monitoram a velocidade das rodas, o ângulo de direção, a aceleração lateral e outros dados do veículo. Quando ele identifica uma potencial instabilidade, intervém automaticamente aplicando frenagens individuais em rodas específicas e, em algumas situações, reduzindo o torque do motor. Essas reações recuperam o automóvel de volta à trajetória desejada, mantendo-o seguro na estrada.

O controle de estabilidade é um requisito de segurança obrigatório em muitos países — inclusive no Brasil, desde 2020 —, pois desempenha um papel significativo na redução de acidentes de trânsito. Sua introdução no mercado automobilístico representa um avanço importante em segurança, protegendo motoristas, passageiros e terceiros de situações de perigo provenientes da perda de controle do veículo, como derrapagens em curvas ou manobras evasivas bruscas.

Em quais aspectos o controle de tração e o controle de estabilidade se diferenciam?

O controle de tração e o controle de estabilidade são dois sistemas automotivos essenciais, mas eles se diferenciam em seus propósitos e métodos de operação.

O controle de tração é projetado para evitar a patinagem das rodas durante a aceleração, especialmente em condições de baixa aderência, como chuva ou geada. Quando uma roda começa a girar mais rápido do que o veículo está se movendo, o sistema interfere, diminuindo o torque do motor ou aplicando os freios nas rodas escorregadias. Isso impede que alguma roda gire em falso e permite que o automóvel recupere tração para andar com segurança.

Em contrapartida, o controle de estabilidade mantém o veículo no circuito de direção, sobretudo durante curvas e manobras. Ele monitora frequentemente a aceleração lateral, a velocidade das rodas e a direção do volante. Se identificar que o carro está saindo do circuito devido à derrapagem das rodas traseiras ou a uma possível capotagem, o sistema é acionado. Ele aplica frenagem seletiva em uma ou mais rodas e, em algumas situações, ajusta o torque do motor para recuperar a trajetória do veículo.

Ambos são recursos vitais da segurança automotiva, atuando em momentos diferentes e complementando-se para oferecer uma direção mais segura e controlada em uma variedade de condições de estrada.

Com quais sistemas os controles de tração e estabilidade funcionam?

Tais sistemas operam em conjunto com outros recursos veiculares para melhorar o desempenho e a segurança no trânsito. Eles geralmente dependem dos seguintes componentes:

  • sensores de velocidade das rodas: dispositivos que monitoram a velocidade de rotação do veículo a fim de determinar se uma roda está patinando (controle de tração) ou se o ele está em risco de derrapar (controle de estabilidade);
  • unidade de controle eletrônico: é o cérebro do sistema, processando as informações dos sensores e tomando decisões rápidas sobre quando e como intervir. Ela controla a aplicação dos freios individuais e, em determinadas circunstâncias, o torque do motor;
  • sistema de freios: os controles de tração e estabilidade dependem da capacidade de aplicar os freios individualmente em cada roda. Tal prática evita a patinagem das rodas (controle de tração) e corrige a trajetória do veículo (controle de estabilidade);
  • sistema de controle do motor: em algumas situações, o controle de estabilidade pode ajustar o torque da motorização para preservar o veículo na trajetória desejada;
  • sistema de direção assistida: pode ser utilizado pelo controle de estabilidade para redirecionar o veículo ao circuito correto durante situações de perda de controle;
  • acelerômetro: mede a aceleração lateral a fim de identificar o risco de derrapagem ou capotamento.

Compreender o controle de tração e o controle de estabilidade é essencial para garantir a segurança na estrada. Eles são como os guardiões eletrônicos dos carros modernos, sempre prontos para intervir em situações desafiadoras.

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