Presente nos automóveis desde a década de 1950, o freio a disco foi um grande avanço na engenharia dos veículos e possibilitou frenagens mais seguras. As pastilhas de freio, nesse caso, são componentes indispensáveis desse sistema, que atuam em conjunto com outras peças, permitindo que a frenagem aconteça de forma eficiente e confiável.

Para tanto, é necessário que a pastilha de freio esteja sempre em bom estado, tanto para a segurança dos passageiros do carro quanto para aqueles que usam as vias. Sendo assim, é importante tomar os devidos cuidados com a peça, considerando qual a hora certa de trocá-la.

Quer saber para que servem e o momento ideal para realizar sua troca? Acompanhe a leitura do artigo e saiba mais sobre o assunto! 

Como funcionam e para que servem as pastilhas de freio?

Resumidamente, as pastilhas de freio são pequenas peças que constituem o sistema de freio a disco, que têm a função de gerar atrito para desacelerar e parar o veículo. Na maioria das vezes, é encontrada somente no conjunto de rodas traseiras. A maneira e o tamanho dessas pastilhas podem variar bastante, dependendo, sobretudo, do tipo de automóvel que elas serão instaladas. 

Desse modo, quando o pedal de freio é acionado pelo motorista, os componentes ajudam a diminuir a velocidade do disco, reduzindo as rotações até que a frenagem ocorra por completo. 

Portanto, a pastilha de freio funciona como uma peça abrasiva de todo o sistema de freio a disco. Sem ela, a mecânica de frenagem do veículo fica prejudicada, o que, por outro lado, aumenta os riscos de acidentes. 

Então, é fundamental ficar atento aos sinais de desgaste e, consequentemente, saber qual a hora certa de trocar esse item.

Quais são os tipos mais comuns e suas características?

Embora tenham a mesma função, as pastilhas de freio não são todas iguais. Cada modelo apresenta algumas vantagens e é recomendado para diferentes situações. Por isso, cada tipo de pastilha tem as suas características específicas, sendo mais apropriadas para certas finalidades.

A seguir, conheça alguns modelos de pastilhas mais comuns e suas principais particularidades.

Orgânica

Muito utilizada atualmente, a pastilha de freio orgânica é uma alternativa que surgiu quando as peças de amianto deixaram de ser usadas, uma vez que liberavam pó tóxico ao sofrer quebras e poderiam trazer consequências graves à saúde humana. 

É constituída de uma mistura de materiais orgânicos - o que valida seu título -, como fibras naturais e sintéticas, resinas e outros compostos. As pastilhas orgânicas tendem a ser mais macias e silenciosas em comparação com as metálicas, gerando menos desgaste nos discos de freio. Mas, podem ter um coeficiente de atrito ligeiramente inferior e desgastar mais rapidamente, por exemplo, se comparada a outros tipos.

Metálica

Essas pastilhas são compostas principalmente por uma liga de materiais metálicos, como aço, cobre, ferro fundido e outros. Elas são duráveis, têm boa capacidade de dissipação de calor e oferecem um alto coeficiente de atrito. Por ser muito dura, faz com que a peça seja muito eficiente e durável.

Entretanto, tendem a gerar mais ruídos e vibrações durante a frenagem, além de desgastar mais rapidamente os discos de freio.

Semimetálica

Também conhecidas como organometálicas, essas pastilhas são uma combinação de materiais metálicos e orgânicos. Como resultado, temos uma peça duradoura, eficiente e com valor mais acessível que a metálica, além de uma melhor performance.

Além disso, elas oferecem um bom equilíbrio entre desempenho de frenagem, vida útil e ruído. As pastilhas semimetálicas são usadas normalmente em automóveis de passeio, porque proporcionam uma frenagem eficiente em uma ampla faixa de temperaturas e condições de uso.

Cerâmica

Modelo combinado com outros materiais como fibras, agentes de ligação, enchimentos não ferrosos, metais e resinas. Elas oferecem um desempenho de frenagem superior quando comparadas às pastilhas metálicas, com menos ruído e poeira. 

Além disso, têm uma vida útil mais longa, são mais leves e os motoristas conseguem perceber que a frenagem é mais suave e tem alta precisão, sem ter de se deparar com dificuldades de desempenho do automóvel. Porém, as pastilhas de freio cerâmicas podem ser mais caras, se comparadas a outros tipos.

Como saber a hora de trocar as pastilhas de freio?

Saber identificar os sinais que o seu automóvel apresenta é indispensável para mantê-lo sempre em ordem, sobretudo quando falamos em sistema de freio. Listamos, a seguir, os principais sinais que ajudam a saber a hora certa de trocar suas pastilhas de freio. Confira! 

Ruídos agudos ao pisar no freio

Pastilhas de freio desgastadas ou danificadas podem ocasionar ruídos anormais durante a frenagem. Se você ouvir qualquer barulho incomum quando pressionar o pedal, é provável que as pastilhas estejam desgastadas e precisem ser substituídas.

Muitos carros apresentam um sensor de desgaste nas pastilhas de freio que emite um ruído estridente quando elas não estão adequadas para uso. Normalmente, é um sinal de que as pastilhas precisam ser substituídas.

Perda de eficiência ao frear

Outro indício frequente de que a pastilha de freio não está boa é a perda de eficiência dos freios, que também vem acompanhada de um incômodo no pedal. No entanto, é importante destacar que outros problemas, como vazamento de fluídos e desgaste do disco de freio, também apresentam esse mesmo sinal.

Luz acesa no painel

Alguns automóveis têm uma luz de advertência específica no painel para o sistema de freio. Se essa luz acender no painel de instrumentos, pode indicar que as pastilhas estão desgastadas e precisam ser substituídas. Então, o ideal é consultar o manual do veículo para conhecer o significado dessa luz.

Dificuldade para acionar os freios

O tempo de resposta do carro ao ter os freios acionados de forma brusca também é um sinal que indica que as pastilhas de freio devem ser trocadas. Ao perceber uma dificuldade para acionar o freio ou se o tempo de frenagem aumentou, isso pode indicar que as pastilhas de freio estão gastas. 

Pedal do freio mais baixo

Quando o condutor sente que o pedal de freio está mais baixo que o normal ao pisá-lo, as pastilhas também precisam ser substituídas. Isso porque o espaço entre elas e o disco de freio acaba aumentando com o desgaste, provocando, portanto, esse aumento do curso do pedal. 

Como você pôde ver, a durabilidade das pastilhas de freio é um fator que está diretamente associado à maneira como o veículo é usado. Portanto, para manter a vida útil desses componentes, é indicado seguir as orientações do fabricante do veículo e fazer inspeções regulares nos freios para garantir um desempenho seguro.

No caso de dúvida sobre como saber a hora de trocar a pastilha de freio, não hesite em consultar uma rede especializada e qualificada, como o Grupo AB, para realizar uma revisão do seu veículo e determinar se a troca é necessária.

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