Mercedes-AMG apresenta o hipercarro Project One
Capaz de ir além dos 350 km/h, modelo de produção limitada já tem interessados no Brasil.
Fonte: http://revistaautoesporte.globo.com/
Capaz de ir além dos 350 km/h, modelo de produção limitada já tem interessados no Brasil.
A Mercedes-AMG aproveitou para apresentar o esperado Project One antes do Salão de Frankfurt, que abre à imprensa a partir de amanhã. Introduzido ainda como conceito, o modelo de mais de 1.000 cv parece estar pronto para a produção. A produção será limitada a 275 unidades e já há interessados no Brasil, embora a Mercedes não divulgue quantos. As vendas começarão no final do ano e o preço pode ficar próximo dos 2 milhões de euros, o equivalente a R$ 7,4 milhões.
"Nossa outra novidade é totalmente para o prazer de conduzir. Ele foi criado com espírito de competição. O que você pode ver aqui é o conceito real de um carro de competição feito para o público", diz o CEO da Daimler Benz, Dieter Zetsche. O desenvolvimento envolveu pesos pesados como o piloto Lewis Hamilton. "Estou muito feliz por estar aqui, porque o que a Mercedes está fazendo é história e eu participei do desenvolvimento", disse o tricampeão de Fórmula 1.
Ao olhar para o AMG, fica até difícil não lembrar dos protótipos de endurance, aquelas corridas de longa duração. A cabine avançada abre espaço para o motor central-traseiro, enquanto os para-lamas dianteiros ressaltados têm grelhas de refrigeração automáticas. Visto por trás, o visual não é menos impactante: há uma enorme barbatana dorsal, que se soma ao aerofólio ajustável para dar muita estabilidade em altas velocidades. O extrator de ar faz parte de um conjunto que percorre toda a parte inferior do carro, ou seja, podemos esperar por um downforce monstruoso.
Não poderia ser por acaso: estamos falando de um esportivo com cinco motores, um convencional e quatro elétricos que geram em conjunto mais de 1.000 cv. Regido por uma caixa automatizada de oito marchas exclusiva do projeto, o V6 1.6 tem injeção direta e turbocompressor acionado eletricamente por um destes motores elétricos. Graças ao acionamento elétrico do turbo, as respostas em baixa são muito rápidas e comparáveis às de um V8 aspirado, segundo a Mercedes. O trem de força com quatro comandos de válvulas veio diretamente do monoposto de Fórmula 1 da Mercedes-AMG Petronas. As válvulas são operadas pneumaticamente em vez de usar molas, tudo para conseguir atingir facilmente as 11 mil rpm. É abaixo do que gira o motor de F1, contudo, a durabilidade foi levada em consideração, até porque o AMG de rua usará combustível normal. Ainda assim, segundo apuramos, o V6 precisará ser trocado a cada 50 mil km.
O segundo motor elétrico está ligado ao virabrequim do V6. Ainda faltam dois motores e são eles que fazem boa parte da mágica: cada um é responsável por uma das rodas dianteiras e pode girar a 50 mil rpm - propulsores elétricos automotivos costumam ficar na faixa das 20 mil rotações por minuto. Eles geram energia equivalente a 193 cv e podem acelerar ou frear automaticamente cada roda para distribuir o torque. Além disso, são capazes de recuperar até 80% da energia cinética gerada nas frenagens e armazená-la nas baterias.
O Project One pode rodar apenas na eletricidade, puxado pelas rodas dianteiras e pelo motor elétrico ligado ao virabrequim para dar aquela força extra. Se você pisar mais, o V6 entra em funcionamento. Se você começar no modo mais brabo, Race, o Project One é capaz de ir de zero a 200 km/h em menos de seis segundos - uma LaFerrari faz o mesmo em sete segundos. A velocidade máxima ultrapassa os 350 km/h.
Das pistas também veio o sistema de suspensão com arranjo multilink em ambos eixos e amortecedores pushrod na horizontal, um arranjo que previne rolagem de carroceria e está nos Fórmulas 1. As rodas feitas de alumínio forjado (fabricadas a partir de um bloco maciço do material) são aro 19 e usam pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 desenvolvidos especialmente para o Project One nas medidas 285/35 à frente e 335/30 atrás.
As portas de abertura vertical e soleiras larguíssimas completam a sensação de estar em um carro que poderia ter saído despercebidamente do circuito de La Sarthe durante uma prova das 24 Horas de Le Mans. O interior conta com bancos tipo concha para dois revestidos de microfibra para segurar o corpo dos ocupantes e até pedais ajustáveis, que se juntam ao volante regulável para deixar o piloto na melhor posição possível. A estrutura dos assentos é integrada ao monocoque de fibra de carbono, material que fica aparente em boa parte da cabine para dar esportividade.
O volante de base retangular repleto de comandos também parece ter saído de Le Mans e conta com luzes para a mudança de marchas na parte superior. Há duas telas LCD de dez polegadas, uma à frente do motorista e outra voltada para ele para exibir as informações dos demais sistemas do carro. No console, apenas alguns comandos e recarregador por indução para o celular (colaborou Julio Cabral).
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