Alguns carros marcam época e se tornam verdadeiros clássicos, mantendo-se firmes no mercado e atualizando e renovando a geração de proprietários e fãs. É o caso do Volkswagen Passat, que é comercializado no Brasil desde os anos 70 e, apesar de ter passado por interrupções ao longo de sua história, continua na linha de produção da montadora.

Se, quando foi lançado, o Passat já era considerado um modelo sofisticado para os padrões da época, nas últimas três décadas, a Volkswagen foi generosa e fez com que o modelo recebesse os itens tecnológicos mais avançados, colocando-o entre os sedãs de luxo da marca.

Quer saber mais sobre a história do Volkswagen Passat? Continue a leitura e confira em detalhes a trajetória desse clássico ao longo do tempo!

O começo de tudo

O projeto original do modelo não era da Volkswagen, tampouco teve início nos anos 70. O Passat foi formulado no final dos anos 60, pela montadora alemã NSU (Neckarsulm Strickmaschinen Union) que, na época, foi adquirida pela Volkswagen, e esta decidiu assumir o projeto.

O K70, como era chamado, representou o início dos motores com tração dianteira e refrigerados a água, uma novidade nos modelos da Volkswagen. Apesar da evolução que isso significava, as vendas não decolaram, e a marca teve que aperfeiçoar seu projeto de sedã médio para que pudesse competir no mercado.

O upgrade veio com a ajuda da Audi, que já estava incorporada à Volkswagen, e vinha produzindo o bem-sucedido três volumes Audi A80. A missão foi incumbida ao designer Giorgio Giugiaro que, a partir de uma modificação no Audi A80, deveria criar um modelo que pudesse ser produzido com a mesma plataforma.

A principal alteração feita recaiu sobre a traseira do Audi A80, transformando-o em um fastback. E foi dessa forma e sob o nome que conhecemos que o Volkswagen Passat ingressou no mercado alemão em 1973. Seu nome, assim como outros da marca, a exemplo do Bora e do Santana, foi inspirado em um vento que sopra no continente europeu, no caso, de leste para oeste.

O motivo de adotar esses nomes é passar a ideia de velocidade, de movimento, o que combina bastante com os veículos.

O Volkswagen Passat no Brasil

O modelo chegou ao Brasil em junho de 1974, apenas um ano após seu lançamento na Alemanha, o que era bastante incomum na época. Até os dias atuais, há um leve atraso entre os lançamentos em países de outros continentes e no Brasil, e até mesmo em relação a outros países da América Latina. Esse cenário, porém, tem se transformado em razão de o público brasileiro estar cada vez mais exigente.

Em sua chegada ao mercado brasileiro, o Volkswagen contava apenas com duas versões, a Luxo (L) e a Super Luxo (LX), ambas com motores refrigerados a água e com apenas duas portas. Na verdade, a popularização dos modelos 4 portas só aconteceu nos anos 90, pois antes disso eram considerados veículos de taxistas — uma ideia bastante equivocada, diga-se de passagem.

A estrutura era em monobloco, algo que, até então, só existia na Kombi — outro clássico da marca. A motorização 1.5 com câmbio manual proporcionava 65 cv de potência e era a única disponível para o modelo, o que, para a época, era bastante razoável.

No final de 1974, o país recebeu a versão 4 portas já como modelo 1975 que, embora significasse mais opções para o consumidor, não obteve sucesso nas vendas, por razões já mencionadas. Mas isso fez com que o modelo se tornasse raro e bastante procurado por colecionadores de veículos antigos. O mesmo aconteceu com o Fusca 4 portas, também conhecido como "Zé do Caixão". Em 1975 o Volkswagen Passat foi eleito o carro do ano pela revista Autoesporte.

As novidades de 1976

O ano de 1976 pode ser considerado um marco na história do Passat, que ganhou a versão TS (Touring Sport). O modelo com proposta esportiva era equipado com um motor de 1.6 cilindradas e 80 cv de potência, um acréscimo considerável em relação à versão inicial do modelo.

O Passat TS também contava com um carburador solex duplo alemão, permitindo melhor eficiência na mistura de ar e combustível que chegava à câmara de combustão do motor, essencial para o desempenho esportivo.

Na dianteira, o visual teve o acréscimo de mais dois faróis, além de um faixa preta que cortava as laterais pouco abaixo da altura das maçanetas — uma modificação simples, mas que aumentava o espírito esportivo do modelo.

No interior, o painel era bastante distinto de tudo o que havia disponível até então, com voltímetro no console, relógio e manômetro de óleo. O conta-giros no painel foi outra novidade muito bem recebida no momento. Junto ao volante esportivo, fez com que o Volkswagen Passat se tornasse o sonho de consumo dos jovens da época, e ajudou a aposentar o clássico SP-2.

Os anos seguintes também incrementaram novidades no Passat, que voltou a ser eleito o "carro do ano" pela revista Autoesporte, em 1980.

O Volkswagen Passat na contemporaneidade

Em dezembro de 1988, a Volkswagen suspendeu a produção e a comercialização do Passat no Brasil, que voltou o ao país em sua 5ª geração no final dos anos 90.

Atualmente o Passat é comercializado no Brasil em duas versões, a Highline e a Comfortline, com um design imponente de linhas e acabamentos luxuosos, que honram a história do modelo.

Sob o capô, motorização 2.0 TSI que rende 220 cv de potência, capaz de levar o modelo de 0 a 100 km/h em apenas 6,7 segundo, de acordo com os dados da montadora. Um número impressionante para um sedã do seu porte. A velocidade máxima chega aos 246 km/h.

O sucesso comercial do Volkswagen Passat mostra que ele ainda é bastante desejado e necessário no mercado, tanto que voltou a ser eleito o "carro do ano" em 2015. O modelo entrega muito mais do que seu valor comercial, pois dá continuidade a uma história vitoriosa e oferece itens de tecnologia avançada, cuidadosamente inserida no veículo.

Agora que você sabe mais sobre o Volkswagen Passat, entre em contato conosco e conheça esse modelo que tem tudo para garantir um espaço na sua garagem!