8 cuidados essenciais que você deve ter com o motor do carro
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Nada como ter um automóvel na garagem, não é mesmo? Liberdade para ir aonde quiser, sair de casa sem pressa, viajar levando os amigos ou a família com conforto, entre várias outras comodidades. Mas embora as vantagens sejam enormes, é preciso estar sempre de olho no motor do carro para que o prazer não acabe em dor de cabeça e o pior: muito prejuízo!
Existem muitas dúvidas e mitos sobre os cuidados preventivos necessários com a manutenção de veículos. Foi por isso que elaboramos esse post com 8 cuidados essenciais que você deve ter para manter a saúde do motor do seu carro em dia.
As informações abaixo foram elaboradas de acordo com as orientações de André Bertoldi Reiter, consultor automotivo, e Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade). Aproveite a leitura!
1. Trocar o óleo
Entre outras funções específicas, o óleo é responsável por lubrificar o motor do carro, facilitar a movimentação interna, varrer fragmentos microscópicos gerados pelo atrito entre as peças, além de ajudar a manter a temperatura dentro dos limites toleráveis pelos componentes do automóvel.
Sendo assim, quando um carro roda com o nível de óleo abaixo do indicado ou utiliza uma composição que não atende os requisitos de fábrica, há maiores chances de superaquecimento ou desgaste entre as peças. Em ambos os casos os danos são graves e exigem reparos urgentes.
É por isso que a troca de óleo é um dos principais cuidados que se deve tomar com o motor do carro.
Convencionalmente recomenda-se a troca a cada 10 mil quilômetros ou 6 meses, o que ocorrer primeiro. Porém, o mais correto é seguir as recomendações apresentadas no manual do veículo que também indica as especificações do produto que deve ser utilizado.
2. Trocar os filtros
Os diversos filtros do automóvel servem para minimizar a entrada de impurezas dentro do veículo. Por isso, para manter a máxima eficiência na queima de combustível e do ar-condicionado, esses componentes precisam ser trocados periodicamente.
Os prazos estipulados para troca do filtro de ar e de combustível são semelhantes às recomendações para substituição de óleo do motor, mas as datas podem variar de acordo com o uso e com as orientações de cada fabricante. Quanto ao filtro de óleo do motor, este deve ser substituído, obrigatoriamente, no momento da troca do óleo para evitar que partículas do produto antigo contaminem o novo.
3. Verificar o sistema de arrefecimento
O sistema de arrefecimento é responsável por controlar a temperatura e mantê-la dentro dos limites ideais para a preservação e bom funcionamento do motor do carro. O processo consiste na circulação de um líquido (a famosa água do radiador) que absorve o calor gerado pelo motor, resfriando-o e otimizando sua operação.
O nível de líquido no reservatório pode ser verificado facilmente abaixo do capô do veículo e deve estar sempre entre o mínimo e máximo indicado no compartimento. Não é recomendado, porém, preencher o reservatório com água comum (de torneira), pois ela pode conter substâncias que comprometem a eficácia do sistema. O uso de aditivos também é fundamental.
Excesso ou pouca quantidade de líquido no sistema, vazamentos ou outras avarias podem dificultar o resfriamento, aumentando as chances de superaquecimento, o que, na pior das hipóteses, pode chegar a fundir o motor do carro.
4. Trocar a correia dentada
É a correia dentada que transmite a movimentação entre as polias do virabrequim e do comando de válvulas, sincronizando a abertura e o fechamento das válvulas a partir do “sobe e desce” dos pistões. É por isso que alguns mecânicos também a chamam de correia de distribuição.
Se a correia dentada se romper com o motor em movimento, as válvulas param. Isso faz com que a entrada de ar e a saída dos gases da combustão sejam interrompidas e os pistões se choquem com algumas delas. Um evento como esse pode provocar danos enormes ao motor (irrecuperáveis em alguns casos), por isso é imprescindível trocar a correia dentro do prazo estipulado pela montadora.
5. Checar as luzes do painel
As luzes do painel são indicadores que respondem a sensores espalhados pelo veículo, cuja função é detectar algum comportamento inadequado no funcionamento dos diversos componentes e sistemas do automóvel.
Ao dar a partida, as luzes do painel devem se acender e depois apagar. Esse primeiro acionamento serve para indicar que os sensores estão funcionando. Logo, se as luzes do painel não se acenderem durante a partida é provável que exista algum problema nos sensores.
Por outro lado, se alguma luz se acender com veículo ligado significa que o sensor detectou alguma alteração que requer sua atenção ou o desligamento imediato do veículo para reparos.
A boa notícia é que existe um padrão de cores adotado nos painéis que facilita a tomada de decisão quando esses alertas aparecem. Veja abaixo.
- luzes vermelhas (emergência): nesse caso é recomendável parar o veículo imediatamente. As luzes vermelhas podem fazer alertas pontuais (como sinalizar que alguma porta está aberta ou o cinto de segurança não está encaixado), mas também indicam avarias graves que necessitam de reparos mecânicos urgentes;
- luzes amarelas (alerta): nesse caso não é necessário parar o veículo,
mas é recomendável procurar um mecânico o quanto antes. As luzes amarelas indicam possíveis problemas que não requerem ajuste imediato, mas que podem se agravar em breve;
- outras luzes (advertência): as demais luzes (azuis, brancas ou verdes) servem apenas para fazer alertas básicos e podem variar de acordo com o veículo. Embora não acusem problemas sérios, também devem ser levadas em conta pelo condutor.
6. Trocar as mangueiras
As mangueiras são feitas de borracha e são fundamentais para o transporte de substâncias, principalmente no motor e no sistema de arrefecimento. O problema é que, em consequência das próprias características do material ou das substâncias circulantes, elas podem ressecar ou entupir, prejudicando o funcionamento de algum componente do motor do carro.
A vida útil das mangueiras gira em torno de 5 anos, tal como a dos pneus, mas isso é muito variável. O uso do veículo, estado do motor e até o clima podem influenciar a durabilidade desses materiais, por isso o ideal é checá-las frequentemente.
7. Utilizar combustíveis confiáveis
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), em grandes centros urbanos vale a pena abastecer o veículo com gasolina aditivada, principalmente para quem está habituado com o típico “anda e para” das capitais.
O diferencial da gasolina aditivada é que ela também recebe um “pacote” de aditivos detergentes e dispersantes que ajudam a manter limpo o sistema de alimentação, incluindo bicos injetores e válvulas de admissão.
De qualquer forma, o ideal é sempre abastecer em postos confiáveis, independente do combustível utilizado, para evitar contaminações que possam comprometer o desempenho e as peças do veículo.
8. Realizar revisões periódicas
Por fim, é fundamental que o seu veículo seja analisado por um profissional especializado frequentemente. Por mais que o dono seja muito cuidadoso, é preciso considerar que imprevistos acontecem e as condições de uso de um automóvel são muito variadas, o que torna impossível prever todas as suas possíveis falhas.
Portanto, não se esqueça que o motor do carro é como se fosse o seu coração e o ideal é que ele passe por uma manutenção periódica anualmente, pelo menos, ou a cada 10.000 km. O melhor é que garantindo a saúde do seu automóvel, você também garante a sua segurança e ainda evita surpresas desagradáveis para o seu bolso.
Essas dicas foram úteis para você? Então, compartilhe o post com seus amigos nas redes sociais e ajude-os a cuidar bem dos seus carros também!